Teresina registrou uma redução no número de casos de HIV em 2024, interrompendo uma sequência de anos com registros elevados. De acordo com dados históricos do município, foram contabilizados 469 casos no ano passado, um número menor que os 539 de 2022 e os 553 de 2023. A queda se mantém em 2025, com 424 casos registrados até o dia 1º de dezembro.
Os números da Fundação Municipal de Saúde representam uma mudança na trajetória observada na última década. Em 2010, a cidade tinha 233 casos entre residentes. A partir de então, os diagnósticos oscilaram até atingir o pico em 2019, com 569 registros. Os anos seguintes permaneceram com números altos, até a virada observada em 2024.
A estratégia adotada pela saúde pública combina diferentes ferramentas, como a distribuição de preservativos, a testagem precoce e gratuita nas unidades de saúde, e o acesso a medicamentos de profilaxia.
Apesar dos avanços, o preconceito ainda é uma das principais barreiras enfrentadas pelas pessoas vivendo com HIV. “O estigma leva muitas pessoas a evitarem o diagnóstico ou o tratamento por medo da discriminação. Com o uso contínuo da medicação, a carga viral pode se tornar indetectável, o que significa intransmissível, garantindo qualidade de vida e interrompendo a cadeia de transmissão”, afirma Alana Niége, coordenadora de IST/HIV e Hepatites Virais da FMS.
Existem dois tipos principais de medicamentos preventivos: a PEP, usada após uma situação de risco, disponível 24 horas no Hospital Natan Portella, e a PrEP, tomada antes da exposição ao vírus, oferecida no SAE do Centro Lineu Araújo. O diagnóstico precoce é um dos focos, pois permite o início imediato do tratamento. Quando a pessoa em tratamento mantém a carga viral indetectável, o HIV se torna intransmissível, interrompendo a cadeia de transmissão e garantindo qualidade de vida.
Segundo a FMS, a campanha Dezembro Vermelho incentiva a testagem regular, a prevenção e o início imediato do tratamento, garantindo mais saúde, qualidade de vida e redução da transmissão. “Quanto mais cedo o diagnóstico, mais cedo o tratamento é iniciado. E com o tratamento adequado, a pessoa alcança níveis indetectáveis do vírus, o que impede a transmissão”, destaca Alana.
Fonte: Prefeitura de Teresina
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