
A ex-assessora do ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (PRD), Sol Pessoa, foi presa na manhã desta terça-feira (14) durante a Operação Gabinete de Ouro, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí. A prisão ocorreu na residência da investigada, no residencial Hugo Prado, zona Sul da capital.
A ação faz parte de uma investigação que apura supostos atos de corrupção e lavagem de dinheiro cometidos durante a gestão municipal entre 2021 e 2024.
Inicialmente foi divugado que Sol Pessoa seria sobrinha de Dr. Pessoa, mas ele negou o parentesco com a ex-assessora.
Também foi preso o empresário Marcus Almeida de Moura, que atuava como servidor terceirizado na gestão do ex-prefeito.
De acordo com informações da Polícia Civil, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão em 21 endereços ligados a servidores e ex-servidores da Prefeitura de Teresina, além de parentes do ex-prefeito.
A Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 75 milhões em bens e valores considerados de origem ilícita, incluindo uma casa de alto padrão, um apartamento e um terreno.
Quatro prisões e esquema envolvendo servidores e construtoras
As operações Gabinete de Ouro e Interpostos têm como alvos quatro pessoas, entre elas ex-assessores e servidores comissionados da gestão anterior. A investigação aponta que ocupantes de cargos estratégicos na Prefeitura usavam servidores terceirizados e comissionados como operadores financeiros, facilitando o desvio de recursos públicos.
Segundo o delegado Ferdinando Martins, coordenador do Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR), a organização criminosa tinha ramificações em diferentes secretarias municipais e mantinha relação direta com construtoras e prestadoras de serviço contratadas pelo poder público.
Investigação começou após denúncia anônima
A apuração policial teve início há quase um ano, após uma denúncia anônima apontar irregularidades dentro da administração municipal. O documento detalhava condutas ilícitas atribuídas a um grupo identificado como “Gabinete de Ouro”, suspeito de cobrar propinas, praticar rachadinhas e lavar dinheiro público.
Durante a operação, foram apreendidos documentos, celulares, notebooks e dinheiro em espécie, que servirão como base para o avanço das investigações. A Polícia Civil informou que o trabalho agora se concentra em rastrear os recursos desviados e identificar todos os envolvidos no esquema.
O Portal Piauí Hoje busca contato com as defesas dos citados nessa reportagem.
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