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​Israel retoma ataques aéreos na Faixa de Gaza, rompendo cessar-fogo

Bombardeios israelenses interrompem trégua de dois meses, com mais de 400 mortos; comunidade internacional condena ação

Da Redação com informações do G1

Terça - 18/03/2025 às 09:10



Foto: Reprodução/Mahmud Hams Novo bombardeio israelenses em Gaza rompe o cessar-fogo entre os países, deixando centenas de mortos
Novo bombardeio israelenses em Gaza rompe o cessar-fogo entre os países, deixando centenas de mortos

Na madrugada desta terça-feira, 18 de março, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza, rompendo um cessar-fogo que vigorava há dois meses, desde janeiro. A ofensiva resultou em mais de 400 mortes e centenas de feridos, conforme informações do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou os ataques alegando a recusa do Hamas em libertar reféns israelenses ainda mantidos em Gaza e a estagnação nas negociações para uma segunda fase do cessar-fogo. Netanyahu afirmou que Israel atuará "com força militar crescente" contra o Hamas até que todos os reféns sejam libertados. "Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente", afirmou em comunicado.

Testemunhas relataram uma série de explosões ao longo da Faixa de Gaza, com ataques aéreos atingindo a Cidade de Gaza, Deir al-Balah, Khan Younis e Rafah. Hospitais locais ficaram sobrecarregados com o alto número de vítimas, incluindo mulheres e crianças. A Defesa Civil de Gaza registrou pelo menos 35 ataques aéreos durante a ofensiva.

Em resposta, uma autoridade do Hamas acusou Israel de romper unilateralmente o acordo de cessar-fogo, colocando os reféns em um "destino incerto". O grupo afirmou que centenas de civis foram mortos nos ataques, incluindo Mahmoud Abu Watfa, membro do alto escalão de segurança do Hamas.

A comunidade internacional reagiu com preocupação à escalada do conflito. O alto-comissário de direitos humanos da ONU, Volker Türk, expressou estar "horrorizado" com os ataques, classificando-os como "tragédia em cima de tragédia". Países como Suíça, Malta e Bélgica condenaram a ofensiva israelense, pedindo o retorno imediato ao cessar-fogo e a proteção dos civis em Gaza.

O conflito entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro de 2023, quando o grupo lançou um ataque que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 200 israelenses. Desde então, a guerra causou mais de 40 mil mortes na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território. O cessar-fogo estabelecido em janeiro previa a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, mas as negociações para a segunda fase do acordo estão estagnadas.

A recente ofensiva israelense ameaça aprofundar a crise humanitária em Gaza, onde milhares de pessoas já estão desabrigadas ou deslocadas devido ao conflito em curso. A comunidade internacional continua a apelar por um retorno ao diálogo e pela proteção dos civis afetados pela violência.

Fonte: G1

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