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HOMENAGEM

Entrevista com Niède Guidon será reexibida na TV Brasil nesta segunda (9)

A emissora homenageia a pesquisadora que faleceu no dia 4 de junho. A entrevista de Niède foi concedida em 2016.

Da Redação

Segunda - 09/06/2025 às 15:20



Foto: Trajetória de Niède Guidon
Trajetória de Niède Guidon

A TV Brasil vai reexibir uma entrevista gravada em 2016, com a arqueóloga Niède Guidon, nesta segunda-feira (9), às 23h, no programa "Caminhos da Reportagem". A reexibição do episódio "Pré-história brasileira: um tempo a ser descoberto", é uma homenagem à pesquisadora que morreu, aos 92 anos, na quarta-feira (4). 

O episódio aborda sobre a contribuição da arqueóloga para o debate da origem do ser humano nas Américas, onde ela conclui que a povoação do continente americano começou muito antes do que as teorias tradicionais apontam. 

"Nós temos fogueiras encontradas na base rochosa do sítio da Pedra Furada [no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí] e ferramentas de pedra lascada de 120 mil anos, o que mostra que os homens já estavam aqui nessa época", explicou.

Ainda de acordo com Guidon, os primeiros habitantes do continente não chegaram à região pelo Estreito de Bering, canal entre a Sibéria e o Alasca que liga os oceanos Ártico e Pacífico, como aponta a teoria clássica, mas sim pela África, atravessando o Oceano Atlântico.

"O Atlântico, nessa época, estava 60 metros abaixo do nível de hoje. Havia muitas ilhas e a passagem era muito fácil. Inclusive, na América existem macacos que vieram da África. Se os macacos passaram, por que os homens não passaram?", questiona a brasileira.

Referência na arqueologia

Paulista, Niède Guidon morou e trabalhou boa parte da vida no Piauí. As pesquisas que fez na Serra da Capivara permitiram o desenvolvimento de suas próprias teorias e a formação de uma legião de novos profissionais. Além disso, foi graças à estudiosa que o local virou Parque Nacional e patrimônio cultural da humanidade.

A pesquisadora brasileira morreu na quarta-feira (4), aos 92 anos. O velório foi aberto ao público e o enterro foi restrito a familiares e amigos próximos. Como prova de que adotou o Piauí como lar, ela foi sepultada no quintal de sua casa, no município de São Raimundo Nonato.



Fonte: Agência Brasil

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