Em 2024, o Brasil registrou o assassinato de 122 pessoas trans e travestis, incluindo cinco defensoras dos direitos humanos. O número representa uma redução de 16% em relação ao ano anterior, quando 145 mortes foram registradas, mas ainda é alarmante, revelando a persistente violência que atinge essa população.
Os dados são da última edição do dossiê da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), lançado nesta segunda-feira (27), que aponta que a queda não é substancial o suficiente para uma mudança real, considerando que a média histórica de homicídios desde 2008 é de 125 mortes por ano. Isso mostra que a violência contra pessoas trans segue em níveis elevados, com poucas variações.
O levantamento revela também que 95,9% das vítimas eram mulheres trans e travestis, e que o número de homens trans assassinados ainda é baixo em comparação. A Antra também destaca o grave problema da subnotificação desses crimes, já que muitas mortes não são registradas adequadamente nas instituições responsáveis pela segurança pública, o que dificulta o enfrentamento da violência e a formulação de políticas públicas mais eficazes.
Esse panorama alarmante exige ações imediatas e transformadoras para garantir que a vida e a segurança das pessoas trans sejam efetivamente protegidas no Brasil.
Fonte: Com informações da Agência Brasil