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Produção agropecuária transforma cenário econômico do Piauí em 21 anos, revela IBGE

Serviços seguem liderando, mas agro e energia ganham força no estado

Da Redação

Sexta - 14/11/2025 às 13:54



Foto: Divulgação/Governo do Piauí Produção de soja
Produção de soja

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (14), novos dados sobre o desempenho da economia piauiense em 2023, revelando avanços importantes, especialmente no campo. Em duas décadas, a agropecuária praticamente dobrou sua participação no Valor Adicionado Bruto (VAB) do estado, consolidando-se como um dos motores do crescimento.

O VAB do Piauí atingiu R$ 73,02 bilhões em 2023, um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior. O indicador, que mede a contribuição de cada setor produtivo para a economia, é a base do cálculo do PIB.

A agropecuária registrou crescimento de 5,1% em volume e alcançou VAB de R$ 9,67 bilhões. O desempenho é explicado principalmente pela expansão das lavouras de soja e milho nos cerrados piauienses.

Em 2002, o setor representava 6,8% do VAB estadual. Em 2023, esse percentual subiu para 13,2% — praticamente o dobro.

Indústria avança com destaque para energia renovável

O setor industrial teve VAB de R$ 10,96 bilhões, um crescimento de 4,6%. Entre os segmentos, o maior avanço está no grupo de eletricidade, gás e saneamento, que cresceu 11,8% e multiplicou por sete sua participação na economia desde 2002, impulsionado pelas usinas solares e eólicas.

Outros destaques da indústria:

  • Indústria de transformação: R$ 3,44 bi (+3,1%), mas participação caiu de 6,1% para 4,7% desde 2002.
  • Construção: R$ 4,15 bi (+0,6%), participação caiu de 7,6% para 5,7%.
  • Indústria extrativa: R$ 141 mi (+6,8%), participação caiu de 0,5% para 0,2%.

Serviços seguem liderando

Mesmo com desaceleração, o setor de serviços continua sendo o maior da economia piauiense, respondendo por R$ 52,39 bilhões do VAB em 2023. O crescimento foi de 2% em volume. 

Apesar disso, a participação do setor no VAB caiu de 78,5% em 2002 para 71,7% em 2023, reflexo da expansão de outras áreas, como agropecuária e energia.

Entre os ramos de serviços, os principais resultados foram:

  • Comércio e reparação de veículos: R$ 8,64 bi (+0,3%), participação subiu para 11,8%.
  • Transporte e correio: R$ 1,33 bi (+5,2%), participação caiu para 1,8%.
  • Informação e comunicação: R$ 1,17 bi (+4,3%), participação caiu para 1,6%.
  • Atividades financeiras: R$ 2,71 bi (+6,1%), participação caiu para 3,7%.
  • Atividades imobiliárias: R$ 5,78 bi (+8,3%), mas participação recuou para 7,9%.
  • Administração pública: R$ 22,83 bi (-0,7%), participação caiu para 31,3%.
  • Outros serviços: R$ 9,90 bi (+4,6%), leve aumento para 13,6%.

Fonte: IBGE

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