
O professor e escritor Wellington Soares entrevistou o cantor e compositor Teófilo Lima em mais um episódio do podcast Simbora, que foi ao ar nesta sexta-feira (18), no canal do YouTube do Portal Piauí Hoje.
Em uma conversa descontraída sobre música e cultura, o músico parnaibano contou como nasceu a paixão pela escrita, pela poesia e pela música.
"Nunca fui um bom aluno em nada, mas eu gostava de escrever, me dava bem na redação. E sem essas estruturas todas que o Enem cobra hoje. Gostava de escrever, mas a música é uma paixão mais antiga do que me entendo por gente. Meu pai ouvia música todos os dias, então eu escutava muito desde a minha gestação, desde quatro, cinco anos de idade. Era minha brincadeira solitária. Aos seis anos, lembro do quintal com baldes, latas... Eu já tinha ritmo, já batia, já decorava e cantava qualquer música no tom", disse o cantor.
Teófilo fundou em 1990 a banda "Rabiscos Urbanos", com a qual participou de vários festivais locais. Em 1994, resolveu seguir carreira solo, participando em 1996 da etapa piauiense do Canta Nordeste. No ano de 1998 mudou-se para Teresina, onde, em 2001, gravou seu primeiro CD, Teófilo Com Fusão.
"É aquela coisa do universo conspirando... Eu já tinha dez anos de estrada como músico, com minha primeira banda desde 90, Rabiscos Urbanos, com influência do rock nacional e internacional dos anos 80. Quando gravei 'Com Fusão' (não é 'confusão', é fusão mesmo, junção), eu já estava preparado. Participei do Canta Nordeste, e no meu primeiro show em Parnaíba já tinha 500 a 600 pessoas. Aí não tinha mais como parar", disse.
Mesmo com tantos anos de carreira, Teófilo disse ter pensado em desistir da carreira de artista várias vezes.
"Já tentei parar várias vezes. A dificuldade de ser artista no Brasil, especialmente no Piauí, é grande. Mas sempre vinha uma depressãozinha, e eu não conseguia parar. Descobri o jabá, essa coisa comercial, e não me adaptei. Preferia tocar para meus amigos aqui no Piauí. Mas aí veio uma retomada... Gravei o segundo disco em 2005, no auge dos festivais, e o Hip-Hop fortaleceu a cena. Participei do Ceará Music também", contou.
Nem na pandemia Teófilo parou de criar. "Foi um período louco. Eu criei biodigestores, biogás, biofertilizantes, fiz hidroponia, criei galinhas... Tudo para segurança alimentar da minha família. Vivi contradições: medo do mundo, mas ao mesmo tempo produzindo. Quando a pandemia acalmou, voltei aos shows como Teófilo Roqueiro, mas continuei escrevendo. Meu quintal virou uma escola para a comunidade, ensinando tudo o que aprendi", disse.
A entrevista completa com o artista você confere aqui, no Portal Piauí Hoje: