O governo federal vai ampliar o plano de integração de rotas para a América do Sul, incluindo as regiões Nordeste, Sudeste, além dos estados de Goiás e Tocantins. De acordo com informações da CNN Brasil, essas áreas, que inicialmente não faziam parte do projeto, serão agora o foco da terceira fase da iniciativa coordenada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Nas primeiras fases, o ministério, sob a liderança de Simone Tebet, visitou estados brasileiros que fazem fronteira com países sul-americanos, além de países vizinhos.
Nesta nova etapa, o governo busca integrar as Unidades Federativas restantes às cinco rotas de conexão previstas no plano. O secretário de Articulação Institucional do MPO, João Villaverde, destacou a importância das fases iniciais para avaliar a integração entre o Brasil e os países vizinhos. Agora, o objetivo é conectar as demais regiões ao desenho das rotas já traçadas.
Uma das principais novidades é a inclusão de ferrovias no plano de rotas, com destaque para a Ferrovia Norte-Sul. Essa ferrovia, que percorre 2.257 km entre o Porto de Itaqui (MA) e o de Santos (SP), passando por Goiás e Tocantins, terá papel central no projeto.
Outros importantes projetos ferroviários também serão considerados, como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que liga Lucas do Rio Verde (MT) a Mara Rosa (GO); a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que conecta Figueirópolis (TO) ao Porto de Ilhéus (BA); e a Transnordestina, que liga Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). No entanto, ao contrário da Norte-Sul, essas ferrovias ainda estão em fase de implementação e enfrentam diversos desafios.
Para superar esses obstáculos, Villaverde ressaltou a importância da nova comissão interministerial, formada por 12 ministérios, entre eles os de Transportes e Meio Ambiente, que estarão diretamente envolvidos na coordenação e na busca por soluções para a integração nacional e internacional.
Antes de finalizar o novo mapa de rotas, o MPO pretende consultar os estados sobre as melhores alternativas de transporte para suas respectivas regiões. “É possível ir do Porto de Santana (AP), que já faz parte do plano, até os portos de Pecém (CE) e Itaqui (MA) por cabotagem. Mas cabe aos estados indicarem se essa é a melhor opção ou se é preferível o uso de hidrovias ou rodovias”, concluiu Villaverde.
Fonte: Brasil247