
A investigação sobre o brutal assassinato de Vitória Regina de Sousa teve um avanço importante com a descoberta de sangue no carro de Maicol Antonio Sales dos Santos, que foi preso como suspeito. Segundo o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), o delegado Luiz Carlos do Carmo informou que a análise do material genético encontrado no veículo está em andamento e os resultados devem sair em até um mês.
Em uma coletiva de imprensa, o delegado afirmou que a prisão de Maicol foi um passo importante na investigação. Ele destacou que Maicol é um dos responsáveis pela crueldade do crime, incluindo o esfaqueamento e a tortura da jovem.
Os investigadores ainda tentam descobrir onde Vitória foi mantida em cativeiro e apuram a possibilidade de violência sexual contra a vítima, aguardando exames periciais. Além disso, algumas testemunhas relataram terem sido ameaçadas para alterar seus depoimentos.
Outros dois homens estão sendo investigados: Daniel Lucas Pereira e o ex-namorado da vítima, Gustavo Vinicius Moraes. A polícia ainda não confirmou nem descartou o envolvimento deles, mas sabe que eles conheciam Maicol. Os três moravam no mesmo bairro de Vitória, em Cajamar.
Um dos indícios que levou a polícia a suspeitar de Daniel Lucas Pereira foi o fato de terem encontrado vídeos no celular dele. Nos vídeos, ele aparece filmando o trajeto de onde Vitória desceu do ônibus até a casa, o que pode indicar que ele estava preparando o local do crime.
O delegado também descartou qualquer envolvimento do pai da vítima, Carlos Alberto Souza, no assassinato, embora houvesse algumas especulações nesse sentido.
Maicol foi preso no sábado depois de apresentar um depoimento inconsistente e por haver indícios fortes de seu envolvimento no crime. Testemunhas disseram que viram Maicol perto do local onde Vitória foi assassinada e notaram movimentação suspeita em sua casa na noite do desaparecimento. Além disso, ele havia mudado sua versão sobre onde estava durante a noite, e seus vizinhos relataram que ouviram gritos vindos de sua casa. Outro ponto estranho foi o comportamento de Maicol com seu carro: ele normalmente estacionava na rua, mas naquela noite o carro ficou na garagem, e testemunhas disseram ter visto Maicol entrando e saindo repetidamente da garagem, dizendo que o carro "ficou bom".
A juíza responsável pelo caso autorizou buscas nas casas de Maicol e Daniel Lucas Pereira, além de quebra de sigilo de dados de ambos, para coletar mais provas.
Vitória Regina desapareceu após sair do shopping onde trabalhava, em Cajamar. Ela pegou um ônibus para ir para casa e, pouco antes de desaparecer, enviou mensagens para uma amiga dizendo que estava "com medo" de dois homens que estavam esperando no ponto de ônibus. No dia do crime, o pai de Vitória não pôde buscá-la, como fazia sempre, porque o carro estava na oficina. Câmeras de segurança mostram Vitória e um dos suspeitos entrando no ônibus.
A polícia ouviu 18 testemunhas e descartou a participação de dois homens que assediaram Vitória no ponto de ônibus. Eles brincaram com ela e depois seguiram para um bar, onde a investigação verificou o horário em que saíram e a conta do bar.
A investigação continua para identificar todos os envolvidos no assassinato e entender as razões que levaram ao crime.
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Fonte: Brasil 247