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LUTO NA IMPRENSA

Piauí perde um ícones do radiojornalismo: morre Weyden Cunha, a voz rouca do rádio

Radialista de voz marcante e contador de histórias exímio, ele foi uma das vozes mais conhecidas do Piauí por mais de três décadas

Por Luiz Brandão

Sexta - 14/11/2025 às 13:24



Foto: Reprodução/Redes sociais Weyden Cunha deixa um grande legado no jornalismo piauiense
Weyden Cunha deixa um grande legado no jornalismo piauiense

É com imensa tristeza e muito pesar que registro aqui a morte de um grande colega. O Piauí perdeu, nesta sexta-feira (14), um de seus maiores ícones da comunicação. Morreu, aos 81 anos, o radialista Weyden Cunha e Silva, que enfrentava complicações de saúde devido a doenças. Com uma trajetória que marcou gerações, Weyden foi um dos profissionais mais conhecidos e respeitados do radiojornalismo no estado, com uma carreira que brilhou entre as décadas de 1970 e 2000.

Weyden Cunha construiu uma legião de fãs e ouvintes graças ao seu talento único. Ele era reconhecido como um exímio contador de histórias e comandava programas musicais com enorme sucesso em Teresina. Suas qualidades iam além do microfone: colegas e admiradores o descreviam como um "observador fino, um crítico refinado e um bom vivant".

Sua voz tornou-se familiar para os piauienses por passar por algumas das principais emissoras da capital. Weyden trabalhou na Rádio Pioneira, Rádio Difusora, Rádio Clube e Rádio Poty, tornando-se uma referência incontestável no meio.

Além do trabalho nas rádios privadas, o jornalista também integrou a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom-PI), atuando na área de rádio jornalismo. Foi na Agência Rádio Secom que ele dedicou mais de 20 anos de sua carreira, trabalhando como repórter.

Saúde fragilizada e o legado de Weyden

A saúde do radialista já era fragilizada há anos. Um marco em sua vida foi em setembro de 2009, quando Weyden foi internado em estado grave na UTI do Hospital São Marcos após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O episódio aconteceu enquanto ele acompanhava o então vice-governador Wilson Martins em uma viagem pelo interior do estado. Weyden começou a passar mal e teve crises convulsivas, necessitando de cuidados intensivos. A notícia da internação, na época, comoveu o meio jornalístico e o público piauiense, que acompanhava sua carreira há décadas.

A morte de Weyden Cunha é sentida como uma perda irreparável para a cultura e o jornalismo do Piauí. Ele não foi apenas um locutor ou repórter; foi um contador de histórias que deu voz às notícias e embalou as tardes e noites de Teresina com programas musicais que se tornaram parte da rotina da cidade.

Trabalhei com Weyden Cunha na Rádio Poti, na década 1980. Sua trajetória é um testemunho da força do rádio, meio de comunicação que ele dominou com maestria, talento e uma personalidade inconfundível. Weyden deixa um legado de profissionalismo e uma lacuna que dificilmente será preenchida no rádio jornalismo piauiense.

Luiz Brandão

Luiz Brandão

Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.
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